Hoje eu lembrei que não fiz resenha de Quem é você, Alasca? nem comentei que tinha lido. Pois é, já terminei faz um tempo. (Li em Outubro).
Então decidi fazer uma opinião rápida sobre o livro!
Miles vai estudar num colégio interno, em busca de algo maior em sua vida parada e sem graça. Lá, ele conhece a Alaska e o Gordo, que se tornam seus amigos. Porém, ele acaba se apaixonando por Alaska, que é uma menina bem doidinha, diga-se de passagem, e tem namorado.
Esse foi o segundo livro que li do autor, e acho que o nível continuou o mesmo desde Quem é você, Alasca? até A Culpa é das Estrelas.
O J.Green tem um estilo de escrita que eu gosto, que é extremamente simples e que vai direto ao ponto. Apesar disso, a história começa não muito interessante, e vai ganhando um pouco de gás quando se chega na metade do livro.
Uma coisa que me irritou foram os personagens: Miles e a Alaska.
Quando eu leio um livro, gosto de acreditar na história, de me sentir imersa na verdade dos personagens, e viver junto com eles. Mas durante esse livro, eu não consegui. Os personagens são fracos, principalmente o Miles. Ele não tem personalidade nenhuma, e a Alaska não parece real. Ela é meio que uma confusão.
É assim que ela é descrita no livro, e eu não consegui me conectar com o Miles talvez pelo jeito como ele via a Alaska (o livro é narrado em primeira pessoa). Pela forma tão superficial com que ele a olhava, isso me fez não gostar dele. Uma pessoa pode ser uma confusão, mas ainda ser retratada realisticamente. (Olha pra Lisbeth Salander!)
A Alaska parecia uma tentativa forçada de convencer o leitor a acreditar que ela era uma confusão. Ela pareceu forçada o tempo todo. De alguma maneira, eu só conseguia pensar no John Green quando lia, e não sei explicar muito bem por quê. Talvez porque as opiniões dele são meio diferentes das minhas. E porque isso é reiterado constantemente nos livros dele. Eu não gosto de livros cheios de opiniões, gosto de livros que tenham uma boa história.
Mas, eu não tenho apenas coisas ruins pra falar desse livro! Afinal, eu chorei (ok, eu choro até vendo novela). O final é muito triste e trágico (isso é um ponto positivo), mas não tem um desfecho satisfatório.
E o personagem que eu mais gostei e que, pra mim, foi a única razão pela qual não me arrependi de ler, é o Gordo (considerando que ele não é o personagem principal, isso é um ponto ruim?). Ele é engraçado, interessante e tem mais profundidade que o próprio Miles, mesmo que ele seja pouquíssimo explorado.
Acho que muita gente vai gostar desse livro, vai achar “o melhor livro que já li na vida” e tal… O que, pra ser sincera, é trágico.
Comentários
Postar um comentário